Opinión

Un metro de superficie para Ourense

Um dos projectos mais interessantes para a nossa cidade e província seria o de por a andar um metro de superfície. Aproveitando a infraestrutura de caminho de ferro que temos. Totalmente infrautilizada e um privilégio para Ourense. Houvo um momento no que algúm colectivo hai tempo falou do tema, mesmo na imprensa. Também existe uma curiosa página na internete sobre a rede arterial ferroviária ourensana, na que se faz um desenho de metro para a nossa cidade. Com mapas, esquemas, estaçoes, itinerários e inclusivê o anagrama correspondente. Com maior humildade, o nosso projecto nom seria tam utópico e aproveitaria o que já existe. Pois Ourense é uma das cidades que conta com um dos mais completos viais ferroviários : a linha que vem de Castela e continua para Compostela e Corunha, e a que vem do Norte, desde Monforte, cara Vigo. Por isso a nossa estaçóm leva o nome de Empalme. Pois é um muito importante nó ferroviário, onde entroncam quatro itinerários de caminho de ferro. Pôr a andar este projecto, para Ourense seria muito importante desde todos os pontos de vista. E desde logo mais importante que o AVE, sobre o que tantos rios de tinta se levam gastado e serve de peleja entre todos os partidos políticos. Que a quem vai favorecer e às grandes cidades e pouco às pequenas. Ademais do seu elevadíssimo custo, se queremos chegar pronto a Madrid, Barcelona ou ao Sul, já temos os aeroportos e os avioes.


Infelizmente em Espanha, e em Ourense com mais força se cabe, nom se optou polo trem ou comboio. Sendo o país que seguiu modelos diferentes aos do resto de Europa. Promoveu-se mais a construcçóm de estradas, fomentando assím o uso privado do coche particular. Em detrimento do dos transportes públicos e em particular do trem. Em isto Ourense é paradigmático (outras cidades também lhes acontece o mesmo). O inefável ex-alcaide Cabezas levou para a frente um modelo de cidade muito errado, construíndo estacionamen tos no centro da cidade, privatizando espaços públicos, e agora, os que de localidades próximas vêm trabalhar à cidade com o seu coche, vem-se obrigados a pagar por guardá-lo, ou buscar onde deixá-lo, sem ter que pagar, e com enormes dificuldades para encontrar onde. É o que temos, por nom levar adiante outro modelo de cidade. Com muito pouco custo, porque a infraestrutura viária existe, e também as estaçoes (muitas fechadas desde ‘in illo tempore’). Qué bonito seria por em funcionamento um metro de superfície como o que vimos a propor! No seu dia também lhe contamos isto à mediocre conselheira galega de ordenamento do território e infraestruturas, a qual ignorava este projecto e as suas possibilidades e mesmo nos contestou à defensiva. Tomando como centro neurálgico a estaçóm empalme da Ponte, que seria a encruzilhada fundamental para os necessários trasbordos, teria em direcçóm Monforte as paragens de Barra de Minho, Os Peares e Ribas de Sil. Cara Vigo, Barbantes, Riba d’Ávia, Filgueira, Frieira, Pousa-Crecente e Arbo. Em direcçóm a Castela as paragens seriam Sam Francisco, Rairo, Seixalvo, Polígono, Mesón de Calvos, Ponte Ambia, Banhos de Molgas e Vilar de Bárrio. Cara as terras do Arenteiro, as paragens seriam Quintela, Untes, Sta. Cruz de Arrabaldo, A Touza, Maside, Carvalhinho e O Irijo (e mesmo podia chegar a Lalím). Em algum caso, por nom existir estaçóm, haveria que construir algum apeadeiro. Este projecto, se se levase a cabo, daria muita vida ao ‘interland ourensano’. Mas os que mandam, a parte de ter poucas luzes, jogam a outros interesses inconfessáveis.

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