Opinión

No día Mundial dos Docentes

O día 5 de outubro celebrouse em todo o mundo o ‘Dia Mundial dos Docentes’. Esses profissionais tam importantes para a sociedade e tam injustamente infravalorados. A comemoraçóm da-nos pê para comentar vários temas relacionados com o ofício de docentes, aos que algúns chamam trabalhadores do ensino. Para ser um bom docente é necessário, em primeiro lugar, ser uma boa pessoa. Mesmo estaria bem que houvesse uma lei que exigisse para este ofício ser uma pessoa bondadosa, dinámica e alegre, com valores humanos positivos e com desejo de ajudar aos demais. Vocaçóm para ensinar, alegria, bondade e amor por todo o que tem vida, têm que ser os primeiros princípios que deve amostrar um docente. Nom basta ter as competências profissionais próprias dum ensinante de qualidade. Sem aquelas qualidades humanas nom se pode ser um bom docente.


Sem embargo, nom podemos discutir que é muito importante a formaçóm inicial do professorado. Como também a sua formaçóm permanente ou em exercício. Para isso temos o exemplo dos mestres e mestras formados no conhecido como Plano Profissional de 1931. Sem dúvida alguma, foram os melhores mestres que tuvemos. O Plano de 1967, desenhado polo ourensano Eugênio López, intentou achegar-se um pouco a aquele. Os restantes Planos de estudos nunca intentaram nem lograram uma formaçóm inicial adequada. Mas o que nos enche de tristura é que o que se vai pôr a andar no próximo ano de 2009, para educaçóm infantil e primária, é o pior da nossa história educativa. Elaborado por docentes da carreira, que som arte e parte, nom contempla o que deveria ser prioritário : formar docentes para o ensino do futuro, com as competências requeridas. Pensou-se prioritariamente nos docentes autores do plano, repartindo matérias como num mercado persa. A epistemologia das ciências da educaçóm ficou marginada e danada. Por isso nós só acreditamos num plano de estudos que fosse elaborado, quanto mais longe melhor, por uma comissóm de expertos. Sem interferências de interessados e mercadeiros. Da formaçóm inicial dos docentes de secundária é melhor nom falar. Continuamos aínda com o famoso CAP, um verdadeiro engendro e enganha-bobos. Mas se falarmos da formaçóm permanente, temos que botar-nos a chorar. Os tristes tempos que estamos a viver, com crise em todos os campos, esta-nos a produzir muita preocupaçóm. O intervencionismo estalinista actual, a falta de sentido comúm, o trato inquisitorial dos dous últimos anos desde a administraçóm educativa galega, estám pondo fim aos movimentos galegos de renovaçóm pedagógica. Que durante mais de trinta anos, tuveram como norte e guia na sua actuaçóm, a melhora do ensino dos nossos centros educativos. Na Galiza, aquela ilusóm difundida por Marta Mata desde Catalunya nos anos setenta, tocou já a rebato. Logo também de que em passados anos, muitos sindicatos do ensino nom souveram ou nom quigeram manter em pê o movimento pedagógico renovador espanhol, único na Europa.


É muito triste ver como o PSOE, e a sua administraçóm educativa galega em concreto, que noutros tempos foi a vanguarda no ensino, seja o que lhe da , nestes momentos, o golpe de graça à renovaçóm pedagógica das nossas escolas. Com um intervencionismo feroz, um alarmante descenso ou eliminaçóm das ajudas e uma atitude kafkiana para com os que levamos muitos anos trabalhando por um ensino melhor. Qué diria Marta Mata sobre isto?, e qué dirá , se está ao corrente, o grande ministro que foi Maravall? Nós opinamos que a formaçóm permanente livre e criadora, desde já, nom existe na Galiza. Ou está a ponto de desaparecer.


Já o temos comentado muitas vezes, com insistência nos dez últimos anos, com motivo do dia dos ensinantes, para quándo uma magna campanha de apoio aos nossos docentes? Na que todos vaiamos de maos dadas. Vana ilusóm, se nom muda pronto a actual administraçóm educativa galega.


(*) Professor Numerário da Faculdade de Educaçóm de Ourense

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