Opinión

Os nossos mestres da Escola Normal

Nascimos no mesmo local da escola da nossa aldeia da Corna. Onde, aos tres anos, uma mestra alegre e carinhosa fomentou-nos prematuramente a vocaçóm pola escola e por ensinar. E polos livros, a leitura e a escrita. Quando em Lalim estudamos o bacharelato laboral no Instituto ‘Ramóm Mª Alher’, a nossa ilusóm era já vir a Ourense fazer os estudos de Magistério, despois dos cinco anos de estudos secundários. Em setembro de 1963 aprovamos com boa nota o ingresso na Escola Normal da nossa cidade. A nossa formaçóm, com um curso mais, era superior à dos que tinham o bacharelato elemental de quatro anos. De 1963 a 1966, realizamos os estudos de formaçóm inicial do professorado, seguindo o denominado Plano 1950. Foram tres cursos enormemente fructíferos na nossa formaçóm, cheios de anécdotas muito gratas e poucas negativas. A maioria dos professores que tuvemos de docentes eram extraordinários. Tanto desde o ponto de vista humano como profissional. Com carinho lembramos a aqueles que, como na Índia, merecem levar o nome de ‘gurús’. Nesse fermoso país asiático só é chamado ‘gurú’ o mestre ou professor que, polas suas qualidades humanas e pedagógico-didácticas, o merece. Os outros som respeitados, mas só levam o nome de mestres ou professores. A denominaçóm de ‘gurú’ está reservada para aqueles.


Em primeiro lugar, queremos lembrar a Don Bruno Martínez Díez. Todo bondade e alegria, sofria muito quando tinha que suspender ou reprovar a alguêm. Quánto nos ensinou na aula de trabalhos manuais! Por ele conhecimos a esse grande pedagogo que foi Andrés Manjón e o seu recurso didáctico da raiola. De Manuel Albendea, professor de Filosofia, já temos falado otras vezes. Era um docente extraordinário, e aínda temos pendente para ele a homenagem da nossa cidade. A Maria del Carmen López Lucas devémos-lhe nós o nosso amor pola pedagogia. E o feito de estudar logo esta carreira em Madrid. Embora o professor Otero Túñez da universidade compostelana, que nos ensinou História da Arte, queria que seguíramos esta especialidade, pola nossa estupenda memória visual. A Pedagoga, como era conhecida entre todos nós, que tinha a sua morada no antigo chalet Losada, foi uma docente genial da que muito aprendimos. Nom voltamos à vê-la despois de jubilar-se na Escola Normal de Toledo, a onde marchou desde a de Ourense. Que saivamos, mora em Madrid e temos que visitá-la algum dia. Para nós foram também grandes professoras Mª Luisa Lorenzo, com técnicas didácticas avançadas para o ensino da Geografia e a História, por ter-se diplomado na Escola Superior do Magistério de Madrid, Emma Sáinz Amor de Ciências Naturais e Agricultura e Glória Vidal de História, mae do actual tenente de alcaide e felizmente viva. E também Carlos Criado de Física e Química, do que podias discrepar ideologicamente, mas que ensinava com métodos maravilhosos a sua matéria e Gerardo Salgado, com o que por fim chegamos a aprender música e cantigas e o recordamos gratamente. Temos uma lembrança especial para Carlos Vázquez, o livreiro de Tanco, que nos ensinou francês e muitas outras cousas importantes sobre a nossa cidade. Ademais do seu grande humor e alegria, aínda nom entendemos como nom se lhe tem feito uma homenagem na cidade. Na Escola Anexa recordamos com carinho a José Caseiro, que nas práticas muito nos ensinou estratégias didácticas inovadoras, porque foi um mestre excelente. Mais tarde tuvemos a sorte de ter de companheiros na Normal, desde 1972, a Carlos Criado, Manuel Albendea, Gerardo Salgado e Manuel Bermúdez. Hoje jubilado na sua Póvoa de Trives. A Bermúdez devemós-lhe muitas cousas positivas, e sobre todo o bem que fomentava entre todos nós a camaradagem, levándo-nos a cear todas as semanas a todos os docentes da Escola Normal. Polo que merece um nosso próximo artigo.


(*) Professor Numerário da Faculdade de Educaçóm de Ourense

Te puede interesar